LUIZA KONS

São as imagens mentais, textuais e fotográficas que me movem. Entendo a fotografia como uma ferramenta política para refletir as relações e os vínculos. Em meu processo de criação discuto: gênero, pertencimento e as imagens que não foram. No mestrado, analisei o livro fotodocumental de Juchitán de las Mujeres da fotógrafa mexicana Graciela Iturbide, para entender de que maneira a construção de vínculos entre fotógrafa e fotografadas impacta no processo de criação, e em uma perspectiva fotográfica contemporânea (2021).  Desenvo desde 2020 o trabalho "Em nome da mãe e do pai" em que, nas fronteiras entre fotografia, literatura, teatralidade e documentação, enceno em autorretratos e em imagens textuais o estranhamento de minhas relações com meus pais, separados pela promessa da terra, de um oeste do Paraná, que não foi. Parte da série foi exposta entre janeiro e fevereiro de 2022, nas galerias Lona e Zíper, na cidade de  São Paulo, durante a 13ª edição do Salão dos Artistas Sem Galeria. E em março deste ano será exposta na “Off Circuit of the Biennale della Fotografia Femminile 2022”,  na cidade de Mantua, na Itália.

 

Em 2017, desenvolvi a pesquisa fotodocumental "Chèche Lavi" (2017), um trabalho onde registrei e apresentei histórias de 4 famílias haitianas no sul do Brasil. A série uniu fotografia documental e literatura na busca de visibilizar essas histórias para além de dados numéricos e responder quais são as condições de vida das famílias haitianas e suas perspectivas. Doutoranda em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mestre em Artes pela Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR (2021)  e graduada em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2017).